
Fizemos o plano de cargos e salários, e o mais avançado estatuto do magistério até então existente no estado de Goiás. Realizamos o primeiro concurso público, que foi também uma tarefa enorme para a sua realização. Companheiros do MDB do interior diziam: "Adhemar, nós ficamos esse tempo todo vendo nossos adversários nomearem seus companheiros. Agora que você pode fazer a nomeação dos nosso amigos, você vai fazer concurso?" Adiamos o concurso até que a gente convencesse a todos. Fizemos um concurso para a admissão de mais de doze mil professores em todo o estado de Goiás e do Tocantins, que naquela época pertencia tambem a Goiás.
Fizemos, ainda dentro do nosso trabalho, mil salas de aula através do Multirão. Dobramos o número de salas de aula aqui dentro da cidade de Anápolis. Levamos o segundo grau a todos os bairros mais importantes. Aqui está o companheiro Zé Vieira, que sabe quando levamos lá para o Gomes de Souza Ramos o primeiro e segundo grau, lá na Vila Jaiara. Levamos para a Boa Vista, no colégio Carlos de Pina. Levamos também para o Plínio Jayme, no Recanto do Sol. Levamos para o Padre Fernando, na Vila Formosa. Levamos o segundo grau para o Adolfo Batista, na Vila Fabril. Levamos o segundo grau para todos os setores importantes de Anápolis naquela época.
Acho que a questão mais importante que realizamos foi levar de um para sete os cursos da FACEA, dando o embrião para a formação da futura UNIANA. Henrique, no (seu) governo, criou mais quatro cursos, totalizando os onze, indispensáveis para que fosse criada a universidade. Através de uma lei de autoria do Romualdo Santillo, ele criou a UNIANA, a Universidade Estadual de Anápolis. Fizemos também o trabalho de melhorar a educação no resto do estado. No Tocantins, que não tinha sequer curso de magistério. Fizemos a Universidade de Porangatu, a Universidade de Porto Nacional e a Universidade de Araguaína.

Cheguei à prefeitura de Anápolis. Na prefeitura de Anápolis, nós pudemos fazer um grande trabalho. Fizemos quatro mil metros quadrados de asfalto. Através de um trabalho com o governo estadual, fizemos o esgoto sanitário e levamos a água para bairros como a Jaiara, Alexandrina, Boa Vista, Santa Izabel, que não tinha água naquela época. Levamos água potável através do trabalho com a Saneago. Fizemos na prefeitura municipal um trabalho magnífico também, de outras conquistas para a população. Praças como a Badia Deyer, parque como o parque Onofre Quinan, Mercado do Produtor, feriões cobertos.
Mas aonde nós pontificamos mesmo, foi na área social. E aí eu contei com a ação decisiva da Onaide. Na área social, através da Sociedade Dom Bosco, através do trabalho da minha amiga Diná Murici, Secretéria Municipal de Serviços Sociais, da Angela Faria, que também nos ajudava na Sociedade Dom Bosco, fizemos um trabalho magnífico. Levamos mais de 1.200 meninos para o mercado de trabalho na nossa última administração, no comércio, na indústria e na prestação de serviços. Retiramos os meninos da rua. Não tínhamos meninos pedindo pelas ruas de Anápolis. Mas nunca usamos a violência. Nunca usamos a polícia. Apenas usamos a solidariedade, o amor e a mão estendida. Levamos esse meninos para todos nossos programas, e lá os agasalhamos através de vários programas da Sociedade Dom Bosco. Dávamos 4,000 refeições por dia, na minha última administração, a criancas que estudavam nas escolas do município e também criancas dos bairros de nossa cidade, através do programa AME.

Para todo esse trabalho, eu quero dizer, sempre tive o respaldo da imprensa, do povo de Goiás e, especialmente, do povo de Anápolis, a quem eu quero render a minha mais imorredora gratidão. Na derrota ou na vitória, na vitória ou na derrota, só tenho a agradecer ao povo de Anápolis pela sua independência e pela sua firmeza de comportamento. Não tenho nenhuma mágoa e nenhum ressentimento. Só tenho a agradecer a Deus, em primeiríssimo lugar, ao povo da minha cidade e do meu estado, de forma complementar. Chegamos em lugares jamais imaginados. Chegamos a setores que jamais pensávamos que um dia chegaríamos. Chegamos, acreditando na força do povo e acreditando no valor da luta.

Quero dizer que me sinto envaidecido. Esse título, que me foi dado por solicitação do vereador André Almeida, e apoiado por senhores veradores que aqui se encontram e compõe essa casa, para mim é de um valor inestimável. Eu estou na chapada. Não tenho cargo ou benesse para oferecer. Recebi um título que me foi dado de coração e espontâneamente pelos vereadores. E, principalmente, num momento difícil, como o que nos estávamos atravessando, e, mais do que isso, num instante em que é dificil homenagear um político.
Quero agradecer em meu nome, em nome da Onaide, dos meu três filhos, André, Luis Augusto e Claudio, pela homenagem que vocês me prestam no dia de hoje. Eu sempre recebi o apoio e a homenagem do povo anapolino nestes quase quarenta anos de vida pública em nosso estado. Agora também recebo, dos políticos dos mais diferentes partidos, a homenagem para ser cidadão dessa cidade, o que é um honra extraordinária para mim. Talvez um dos maiores títulos, uma das maiores homenagens, que tenha recebido através de um poder constituído.
Muito obrigado, senhores vereadores! Vamos trabalhar por Anápolis! Obrigado!

Adhemar Santillo
Discurso de agradecimento ao título de cidadania anapolina
28 de abril de 2004
Plenário Teotônio Vilela
Câmara Municipal de Anápolis
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