segunda-feira, 25 de março de 2013

Radicalismo petista nacional chegou a Goiás


Após evitar que houvesse agressões aos companheiros Onofre Quinan e Ary Demósthenes, pelos que tinham visão estreita e sectária, sobre o que deveria ser o Partido dos Trabalhadores, decidimos deixar aqueles acontecimentos desagradáveis de São Bernardo para trás, tocando para a frente nossa proposta de organizá-lo de forma abrangente em Goiás. Tínhamos a palavra de Lula: “os grupelhos não interferirão na vida do partido.” Marquei com os deputados, prefeitos, vereadores, lideranças estudantis e trabalhistas para tratarmos da organização do diretório regional.

Depois de discussão intensa e abrangente, por comum acordo, todos os que faziam parte do diretório do PMDB e que nos acompanharam ao PT, foram incluídos ao diretório petista em organização. Lideranças municipais mais atuantes e representativas. Intelectuais, professores, estudantes e lideranças trabalhistas e comunitárias foram incluídos ao diretório.

Resolvida aquela questão, passamos a discutir sobre a composição da Comissão Executiva. Todos os presentes, sem nenhuma exceção, optaram que eu fosse o presidente regional do PT. Em seguida, Marcos de Almeida e Martiniano defenderam a tese de que todos os demais cargos da Comissão Executiva fossem preenchidos por intelectuais, professores e outras lideranças fora do grupo político que viera do PMDB. Contraargumentei, que forças políticas exponenciais do Estado, que se dispuseram a fazer parte do Partido dos Trabalhadores, teriam que ser expostas em funções importantes do partido, para que motivassem outros a fazerem o mesmo. Sem que houvesse acordo, decidimos que a formação da Comissão Executiva ficaria para outra oportunidade.

Com a concordância de todos os presentes, tomamos todas as providências legais para o registro dos membros efetivos, suplentes, integrantes das comissões de fiscalização financeira e ética. Cenário montado para a grande festa. De todas as regiões do Estado, bancando suas despesas de transporte, hospedagem e alimentação, chegavam delegações municipais para a festa de criação do Partido dos Trabalhadores em Goiás. A euforia entre os companheiros era total. Acertei com os companheiros Airton Soares (PT-SP); Antônio Carlos de Oliveira (PT-MS), Edson Kahir (PT-RJ) e Luiz Cecchinel (PT-SC) que viessem à convenção. Jornalistas, correspondentes da grande imprensa nacional em Brasília, confirmaram presença.

Os trabalhos se iniciariam no sábado e a votação para a eleição do diretório, por meio de todos os filiados ao partido, aconteceria na manhã do domingo. Tudo em paz, sem nenhum tipo de desentendimento interno, aguardávamos o instante de início dos trabalhos. Com todas as medidas para o cumprimento rígido da lei, solicitamos ao Tribunal Regional Eleitoral que designasse o representante oficial da Justiça para acompanhar, em seu nome, as decisões que seriam aprovadas pelos convencionais.

Na manhã de sábado, dia do início dos trabalhos internos da convenção, fui surpreendido com a principal manchete política do jornal O Popular, que afirmava terem os integrantes do PT, vetado Joaquim Roriz. Não informava a fonte, mas deixava claro que um grupo integrante do PT em formação, não aceitava na Comissão Executiva, nenhum outro político, detentor de mandato. Apenas Adhemar Santillo. Acrescentava a informação, que o restante da Executiva seria de intelectuais, professores, estudantes e líderes sindicais, conforme defendiam Marcos de Almeida e Martiniano, embora a fonte da informação fosse preservada pelo jornalista redator da matéria... (Continua).

Nenhum comentário:

Postar um comentário