quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ping pong da verdade!


A decisão corajosa adotada pelo Juiz Clementino de Alencar Lima, no processo fraudulento montado contra nós - Henrique Santillo e Adhemar, pela Policia Federal, foi episódio marcante e histórico na luta que travamos em Goiás, contra a ditadura militar de 1964.

A sentença que dera, em 1972, reconhecendo como legítima a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Anápolis, presidida pelo lº Secretário, Walter Gonçalves de Carvalho, impedindo que golpistas da política anapolina, reforçados pela Polícia Federal e todo o esquema de repressão, afastassem Henrique Santillo da Prefeitura, já havia mostrado que havia no Poder Judiciário, em quem o povo podia confiar.

Enviar para o arquivo o processo montado facciosamente contra nós, pela Polícia Federal, com a finalidade de nos afastar da política, foi digno de um verdadeiro magistrado. Sabia ele que as forças da reação em Goiás queriam nos afastar da vida política. Bastaria que aceitasse a denúncia feita pelo Ministério Público, na pessoa do promotor Elton de Morais Sarmento. Com a sua aceitação, estaríamos inelegíveis.

Dr. Clementino que acompanhava toda a movimentação política em Anápolis, não se sujeitou a fazer parte da trama urdida pelos nossos adversários, mandando o calhamaço de inverdades montado pela Polícia Federal, a pedido de emedebistas adesistas, e arenistas, para o arquivo. Da mesma forma, temos que ressaltar o destemor do promotor de justiça Decil de Sá Abreu que, responsável pelo Ministério Público em Petrolina de Goiás, não se sujeitou a oferecer denúncia nesse mesmo processo. Preferiu a paz de consciência a atender ordens emanadas da Procuradoria de Justiça Estadual, na pessoa de seu titular Bechara Daher, para que nos denunciasse de crime que não cometemos.

Graças a brasileiros destemidos como Decil de Sá Abreu e Clementino de Alencar Lima, tivemos forças para, permanentemente respaldados pelo povo, continuarmos a luta em busca das liberdades perdidas. Enfrentaríamos as eleições de 1974 de forma totalmente diferente de pleitos anteriores:

Pela primeira vez, durante o período ditatorial de março de 1964, enfrentaríamos o adversário sem contar com a Prefeitura de Anápolis. Nosso prefeito, José Batista Júnior, havia sido cassado e afastado da Prefeitura em 28 de agosto de 1973. O prefeito nomeado para Anápolis, Irapuan Costa Júnior, acabara de ser escolhido Governador para substituir a Leonino Caiado. Os arenistas proclamavam, por todo Estado, que o Governador era de Anápolis. Assim, além de não contarmos com a Prefeitura, ainda o Governador, já escolhido, saíra de Anápolis. Já não possuíamos a Rádio Carajá, que nos foi tomada no início de 1973, à base do fuzil e metralhadora. Éramos nós contra todos.

Mesmo com toda essa pedreira pela frente fomos à luta. Nosso lema era lutar pela liberdade. Tínhamos todo o esquema oficial de repressão contra nós, mas contávamos com o apoio do povo.

Durante a campanha, usando cadeia de rádio e televisão, Henrique e eu nos apresentávamos no horário eleitoral gratuito, em dupla. Ele, candidato a deputado estadual e, eu, a federal. Demos ao nosso programa o nome de “Ping Pong da Verdade”.

A audiência do programa eleitoral, por ser feito ao vivo, sendo o primeiro a acontecer no período ditatorial, era total. Por todos os lugares em que íamos em Goiás só se falava nas mensagens apresentadas pelo MDB, no horário eleitoral.

Foi em função, principalmente, da nossa apresentação do “Ping Pong da Verdade,” que ficamos conhecidos como “Irmãos Coragem”. O povo nos aclamava por onde passávamos. O MDB motivou o eleitorado brasileiro a resistir. Em Goiás, a cada dia que nos aproximávamos da eleição, crescia a simpatia da população à causa democrática... (continua)

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Mesmo com tudo contra, ganhamos

Mesmo com a invasão e tomada da Rádio Carajá por forças militares do Estado; cassação do mandato do prefeito José Batista Júnior; transformação de Anápolis em Área de Segurança Nacional; investida em busca de adesão de vereadores e lideranças emedebistas; uso dos órgãos de repressão; abuso do poder econômico e, corrupção eleitoral, vencemos as eleições de 1974, em Anápolis.

Lázaro Barbosa, eleito senador pelo MDB, obteve votação estrondosa dos anapolinos. Henrique Santillo, candidato a deputado estadual, conquistou mais de 16 mil votos no Município. Eu, como candidato a deputado federal, fui o mais votado em Anápolis, com mais de 17 mil votos. Ao final da apuração, Henrique sagrou-se vencedor como o mais votado, dentre todos os deputados eleitos, obtendo mais de 33 mil votos. Eu, com mais de 48 mil sufrágios, fui o segundo mais votado do MDB, dentre os cinco eleitos. Juarez Bernardes, candidato à reeleição foi o mais votado do Partido. Os três outros eleitos pela legenda foram: Genervino Evangelista da Fonseca, Iturival Nascimento e Fernando Cunha Júnior.

O MDB saiu revigorado com esse resultado. O uso, com competência, do rádio e da televisão, pelos candidatos do partido, no horário eleitoral gratuito, foi o grande instrumento que provocou uma verdadeira revolução pelo voto. Até mesmo nossos companheiros que não disputaram a eleição em 74, se revigoraram e voltaram à atividade política. Anapolino de Faria e José Freire, na reta final da campanha, mesmo não havendo registrado suas candidaturas, participaram de forma intensa da campanha emedebista. Trabalharam, principalmente, em favor da candidatura de Lázaro Barbosa, ao Senado.

Tomamos posse em fevereiro de 1975. Imediatamente, já nos preparávamos para enfrentar, em 1976, a primeira eleição municipal sem a eleição para a Prefeitura de Anápolis. Irapuan Costa Júnior assumiu o governo do Estado. O governador Leonino Caiado, com a indicação de Irapuan à Convenção da Arena estadual, indicou para a Prefeitura de Anápolis, o professor Eurípedes Junqueira. Mesmo tendo sido derrotado por José Batista Júnior, na disputa de 1972, Junqueira assumiu o cargo. Sabia que, com a investidura do novo governador, seria, como de fato foi, afastado. Aprovado pelo Presidente Médici, Eurípedes Junqueira permaneceu à frente da Prefeitura, até a posse de Irapuan. Assim que assumiu o Governo, Costa Júnior afastou Eurípedes e designou o empresário Jamel Cecílio para a Prefeitura. Coube a Jamel organizar a chapa de vereadores da Arena, para o pleito de 1976.

Preocupados com a vitória que nós do grupo Santillo, obtivemos nas eleições de 1974 em Anápolis, os arenistas continuaram com suas perseguições ao MDB Autêntico. Passaram a cobrar da Polícia Federal e órgãos dos demais da ditadura ligados à repressão, que atuavam em Goiás, o fechamento da Rádio Santana.

Toda a programação da emissora, onde diariamente Romualdo, Henrique e eu apresentávamos o programa “O Povo Falou Tá Falado”, era gravada em fita K-7, repassada ao setor da censura, na Polícia Federal. Os advogados Altair Garcia Pereira, o “Braguinha” e Vicente de Paula Alencar, todos os dias tinham que responder a ofícios e mais ofícios que chegavam do Dentel, em Goiânia, querendo informações sobre denúncias que os arenistas faziam contra nós. A manutenção das despesas da Rádio Santana era feita por nós. Não tínhamos anunciantes. Os poucos que se atreviam a nos ajudar eram perseguidos com fiscalizações específicas nos seus estabelecimentos comerciais. O cerco aumentava dia a dia em intensidade e tamanho... (Continua)

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Dossiê fajuto de 1971 reapareceu em 1974

Querendo nos afastar das disputas eleitorais, os arenistas, juntamente com nossos adversários dentro do MDB, contaram com a Polícia Federal em Goiás, para que fosse montado processo, dossiê criminosamente dirigido contra nós, (Henrique Santillo, Adhemar Santillo e Anapolino de Faria), sob a acusação de que máquinas da Prefeitura de Anápolis teriam trabalhado nos municípios de Ouro Verde, Petrolina e Goianápolis em troca de apoio político a Anapolino de Faria para deputado federal, e para mim, como deputado estadual.

Documento faccioso, parcial, desprovido do mínimo de seriedade. Tão escandaloso que foi montado pela Polícia Federal a pedido da Arena e de alguns adesistas do MDB de Anápolis, para que fosse usado pelos adversários de Henrique Santillo,quando prefeito, na Câmara Municipal. Não conseguiram afastar Valmir Bastos da Presidência, mesmo com toda a pressão e violência praticadas contra ele pelos órgãos governamentais de repressão. Até o Major Leopoldino, pelo Exército Brasileiro, foi usado na tentativa de afastá-lo. Não conseguiram. Diante disso a papelada elaborada pela Polícia Federal, que não teve como ser usada pelos vereadores na Câmara Municipal, ficou na gaveta do Procurador de Justiça do Estado, Bechara Daher. Foi desengavetada às vésperas da convenção do MDB em que Henrique e eu nos inscrevemos para disputar a eleição de 1974.

A primeira investida de Bechara foi através do Ministério Público em Petrolina. Encaminhou a papelada ao promotor daquela Comarca, Decil de Sá Abreu, para que oferecesse denúncia contra nós (Henrique e Adhemar). Anapolino de Faria, por não concorrer à reeleição, foi excluído do processo. A legislação eleitoral previa que em crime eleitoral, como o que queriam nos enquadrar, oferecida a denúncia pelo Ministério Público e aceita pelo Juiz Eleitoral, tornava o denunciado inelegível.

Decil de Sá não se dispôs a participar da farsa. O processo poderia ser encaminhado, ainda, para Goianápolis ou Anápolis. A comarca de Goianápolis foi descartada porque o juiz estava em licença para tratamento de saúde. Encaminhado a Anápolis, foi distribuído ao promotor Helton de Morais Sarmento, que ofereceu a denúncia. Encaminhado ao Juiz Eleitoral Clementino de Alencar Lima, pela falta de consistência das provas arroladas processo, não aceitou a denúncia. Foi para o arquivo, sem que o Ministério
Público recorresse ao Tribunal Regional Eleitoral.

Com mais uma vitória contra ações golpistas engendradas pelos nossos adversários políticos em Goiás, sempre contando com o respaldo de integrantes da repressão, registramos nossas candidaturas às eleições de 1974. Durante a campanha, principalmente após o início dos programas eleitorais pelo rádio e televisão, o crescimento da aceitação do MDB junto ao eleitorado foi surpreendente. A eleição geral para deputados estaduais e senadores daquele ano que, na visão de alguns, seria a última para o MDB, foi marcante e se transformou num avanço democrático irreversível. Mesmo com todo o casuísmo existente, que aumentou escandalosamente nos anos seguintes até a extinção da ditadura. Por falta de fôlego, foi extinta em 1985. Mas o início real da sua queda começou em 1974... (Continua)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Golpe de madrugada na Assembleia Legislativa

Naqueles momentos difíceis da ditadura militar os golpistas não agiram só em Anápolis. Logo depois que José Batista Júnior foi cassado, a Cidade transformada em Área de Interesse da Segurança Nacional, e seu prefeito passando a ser nomeado pelo Presidente da República, numa sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Goiás, mais um golpe contra o povo foi praticado. O deputado Clarismar Fernandes que, eleito pelo MDB, aderiu à Arena, apresentou projeto de lei transformando a Cidade de Goiás, em estância hidromineral.

A Constituição Federal determinava que, em municípios Área de Segurança Nacional, hidrotermais ou hidrominerais, seus prefeitos não seriam eleitos pelo povo, mas, sim, nomeados. Nos municípios enquadrados como área de segurança, caso de Anápolis (GO) e Canoas (RS), os governadores desses estados enviariam os nomes ao Presidente da República que os nomearia por decreto federal. Os prefeitos de estâncias hidrominerais, hidrotermais e capitais, seriam nomeados pelo governador do respectivo estado.

Em Caldas Novas, o prefeito, durante a ditadura, foi nomeado pelo Governo Estadual. O mesmo ocorreu com Goiânia, a partir de 1969. Agora, com a proposta de Clarismar Fernandes, sem nenhum motivo que não fosse político eleitoral, a Arena se preparava para tirar do povo da antiga capital, o direito de eleger seu prefeito.

A justificativa do projeto foi a de que o município de Goiás contava com as “Águas de São João”. Segundo os golpistas manifestaram na justificativa de transformar a velha Goiás, em estância hidromineral, as Águas de São João possuíam poder de cura. Muita gente ia ao local, segundo os deputados arenistas, para encher galões e garrafas de água e levar para casa como remédio. O local, com mina d’água, fica dentro do município, mas a 180 quilômetros da sede. Tratava-se de uma região onde havia um pequeno filete de água, numa lugar de descanso para motoristas e visitantes, sem nenhuma estrutura.

O que estava por trás da manobra golpista da bancada arenista na Assembléia Legislativa era a força do MDB no município. Nas eleições de 1969, enquanto Henrique Santillo vencia Luiz Vieira, em Anápolis, um leiteiro, muito conhecido do povo de Goiás, Dário de Paiva, vencia o candidato da Arena, comandada pela Família Caiado. Como vinha ele realizando ótima administração faria, sem nenhuma dúvida, seu sucessor. Para evitar que o governador Leonino Caiado, passasse por esse vexame, Clarismar Fernandes, que aderiu à Arena a convite do, então, governador, montou essa manobra: tirar a autonomia de Goiás, transformando-a em estância hidromineral.

As discussões que começaram por volta das 23 horas de uma quarta-feira, arrastaram-se pela madrugada à dentro, com a matéria só sendo aprovada por volta das oito horas da manhã da quinta-feira, quando jornalistas e funcionários da Assembleia Legislativa chegavam para o trabalho. Essa foi a única forma de reação já que com maioria em plenário e, apoio do Governador, a manobra golpista da sua bancada, não havia sequer forma de recorrermos à justiça. Assim foi tirado do MDB mais um município importante onde sua força era inquestionável.

Esses fatores regionais, golpes certeiros e autoritários contra o povo das cidades de Anápolis e Goiás Velho, fizeram com que nossas principais lideranças políticas na ativa: Anapolino de Faria e José Freire, presidente e secretário geral do MDB de Goiás, desistissem de se candidatarem à reeleição para deputado federal, nas eleições de 1974. Defendiam a autoextinção do partido... (continua)

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Sonho - Henrique Santillo

Eu sonho com uma sociedade solidária e justa, em que a vida possa ser vivida com dignidade por todas as pessoas, ricas ou pobres, brancas ou negras, índias ou mestiças. Uma sociedade em que ninguém seja ofendido pela cor de sua pele. Uma sociedade que se orgulhe da incalculável contribuição que recebeu do negro no trabalho, na cultura, na beleza. Uma sociedade que reconheça o quanto deve ao índio, primeiro habitante, dono desse território, e que tanto tem ainda a nos ensinar em matéria de organização política e social.

Eu sonho com uma sociedade que respeite as crianças. Elas não são o nosso futuro; elas são o nosso presente. São o fruto do nosso amor, do melhor que nós temos dentro de nós. São a nossa esperança de um mundo mais inocente, mais alegre, mais solidário, mais colorido. Eu sonho com um mundo em que nenhuma criança, nenhuma mesmo, não tenha o que comer. Em que nenhuma criança fique sem escola. Nenhuma criança deixe de brincar. Nenhuma criança sofra ou morra por falta de assistência médica. Nenhuma criança, mas nenhuma mesmo, fique sem lar e sem afeto.

Eu sonho com uma sociedade que respeite os velhos. Mais que isso: uma sociedade que tenha um lugar para eles, o mais destacado, em casa, junto aos filhos, aos netos e aos bisnetos. O mais destacado na própria sociedade, o respeito à sua experiência, ao conhecimento adquirido na luta pela vida. Sonho com uma sociedade em que nenhuma pessoa idosa fique ao desamparo, ao desabrigo, sem recursos e sem afeto.

Eu sonho com uma sociedade que respeite as mulheres. Uma sociedade onde a discrimação e a violência contra a mulher estejam abolidas de uma vez por todas, sejam consideradas um absurdo. A mulher é o sonho do homem e a sua realidade. A mulher é a amada e é a filha. É a mãe e a namorada. A avó, a vizinha, a comadre, a amiga. A mulher é a grande companheira. A mulher é a luz do mundo.

Eu sonho com uma sociedade que respeite os jovens, todos os jovens. Eles são a nossa parte melhor: o nosso idealismo, a nossa pureza, o nosso desprendimento, a nossa alegria de fazer, a nossa capacidade de acreditar.

Eu sonho com uma sociedade que respeite os homens, sejam quem forem, façam o que fizerem, pensem o que pensarem. Uma sociedade que respeite o amigo e o adversário, o sócio e o concorrente, o irmão e o desconhecido, o vizinho e o distante, o parente e o estranho, o conterrâneo e o forasteiro, o nacional e o estrangeiro. Respeite todos os homens, o seu corpo e o seu espírito. Respeite e defenda a liberdade de cada um, em todos os momentos, em todas as circunstâncias.

Eu sonho com uma sociedade que respeite a natureza, pois não há vida digna desse nome sem o convívio pacífico com a natureza. Uma sociedade que respeite o sonho humano de banhar os pés nos rios e descansar à sombra das árvores. Acordar com o canto dos pássaros e alegrar os olhos com o esplendor das flores. Despertar para a vida com o sol que nasce e entregar-se ao recolhimento enquanto o sol se põe. E dormir em paz, enquanto a lua sobe no horizonte.

Eu sonho com uma sociedade em que vale a pena ser honesto e íntegro, digno e coerente. E sonhador, com a beleza de Goiás e o privilégio de viver aqui. Sonho com esse cerrado sem fim, com esse horizonte que não acaba, a não ser para revelar e esconder o sol. Sonho com essa pastagem infinita, só povoada pelo boi e pelo vaqueiro solitário. Sonho com o Araguaia e o Tocantins, suas águas e suas praias, seus barqueiros e seus pescadores. Sonho com os arrozais imensos do sul e com a pradaria de soja do sudoeste. Sonho com o norte orgulhoso, e o nordeste rude e cheio de mistérios. Sonho com os garimpos e com a história da Vila Boa. E sonho com Goiânia, a Goiânia construída por tantas mãos anônimas, vindas de tantos lugares, para erguer aqui seu sonho de felicidade.

Eu sonho com todos o goianos anônimos que constroem este estado com a força dos seus braços, o suor de seus rostos, a força de suas ideias, o vigor da sua fé.

Eu sonho com um Goiás em que ninguém seja negado o direito ao trabalho, o direito de construir o seu próprio sonho. Um Goiás que se modernize e dê vida a esse sonho de cada um, mas sem perder o seu jeito de ser, bem goiano. Um Goiás absolutamente novo e, no entanto, fiel à suas tradições. Um Goiás moderno, assentado no que há de mais nobre e belo em nosso passado. Um Goiás justo para todas as pessoas, como sonharam os nossos antepassados, e como nós lutamos até agora para implantar.

É esse o meu sonho. O sonho que quero compartilhar com todos os goianos. E agradeço, agradeço comovido, o privilégio que vocês me deram de durante esse tempo todo conviver com vocês. Muito obrigado.